"Whoo", clamou com um gemido baixo. "Whoo..." "Whoo", "Whoo", várias vozes responderam. "Rawr!", gritou. "Rawr!" "Rawr!", "Rawr!", várias vozes responderam aos gritos. Entendeu que havia lá incontáveis como aqui. Mas onde era o "aqui"? Recordou o seu nascimento... uma fusão de cinzas, fragmentos de rocha, armas corroídas, cadáveres podres e uma chama fraca peculiar. Lembrava-se de aparecer naquelas ruínas da chama fraca. Queria saber o que era. Um pedaço de lixo? Um monstro? Um humano...? Não, não é um humano, pensava. Os humanos foram os que atacaram, e chamavam-no de Golem Ancião. Era um monstro das Ruínas Ardentes, sim. Este Golem Ancião olhou ao seu redor, observando outras criaturas nas ruínas vagando sem rumo. Nenhum homem estava à vista, pois tinha assustado a eles. Saiu ileso do ataque, salvo um pequeno corte que recebeu. A sensação de dor proveniente do pequeno corte assustou este, assim como tudo assustava — incluindo esta própria existência. À medida que se enrolava como uma esfera, tentáculos se estendiam a partir deste. Tentáculos?! Por que seu corpo cresceu tentáculos? Enrolou-se ainda mais firmemente, consumido pelo medo. |
2 |
x 4 |
O lugar e o poder que a criatura possuía entusiasmava Merksha imensamente. Ela observava enquanto as Ruínas Ardentes produziam um monstro poderoso após consumir um tentáculo cortado de um deus dos mares, pedaços de órgãos internos, e algumas outras tralhas variadas. Era a prova do poder da ruína. Merksha estava convencida depois que ela testemunhou a criação do Golem Ancião. Inúmeras outras criaturas, criadas a partir do mesmo processo, arrastavam-se por entre as ruínas. Algumas figuras mais velozes pareciam estar guiando a horda para algum lugar. Haviam mais segredos para serem descobertos. Que interessante, ela pensou. E ela amava segredos. Merksha sorriu em antecipação. Mal sabia ela que a sua empolgação seria substituída em breve por pura escuridão e silêncio... |
4 |
x 5 |
A Pintora Feiticeira desenrola seu pergaminho e começa a desenhar com seu pincel de tinta, com a mais séria das expressões. Ela faz um desenho de si mesma, retratando com precisão sua terrível tez e olhos circundados por um delineador escuro. A pintora então termina curvando as pontas dos olhos para cima. Ela adora seu visual de femme fatale, acreditando que isso condiz com seu status de general dos Aniquiladores. No entanto, ela não tem nenhum amor pelas Ruínas Ardentes. O ar é pungente, cheio de monstros grotescos e sempre há algo úmido e pegajoso ao redor. Ela franze a testa, descontente. "Este lugar é horrível. Tinham mesmo que me escalar para este buraco...?" O plano da legião de invadir Nárcia não correu bem. Eles não esperavam que os senhores de Nárcia se unissem e formassem uma defesa tão bem consolidada. E foi assim que a enviaram para este lugar desagradável... Ao contrário dela, muitos dos Aniquiladores gostam das Ruínas Ardentes. Uma rocha flamejante se encontra no centro, absorvendo tudo ao seu redor para criar formas quase ilimitadas de monstros. A missão da Pintora Feiticeira é convocar estes monstros para o exército de Aniquiladores. Mas ela odeia esta tarefa com todas as forças. Na verdade, ela não tem zelo algum pelos Aniquiladores. O terror e a destruição que causaram a deixaram exausta e a encheram de ódio por si mesma. Ela pensa consigo mesma em como talvez ela possa reverter a situação. Talvez ela mesma ou até mesmo a Aliança Destinada possam usar essas criaturas. Ela observa os monstros à medida que são criados a partir da rocha em chamas e desenha cada um deles em seu pergaminho. Com um plano em mente, o tédio da Pintora Feiticeira é substituído por empolgação. |
6 |
x 3 |